Ao contrário do que dizem, o sexto álbum de estúdio da Ariana Grande foi muito bem construído. Com participações de The Weeknd, Doja Cat e TyDollar $ign, a nova produção da cantora consegue passar a imagem de amadurecimento dela como pessoa.
A cantora começou a sua carreira na adolescência, fazendo programas no canal da Nickelodeon e aos poucos veio mostrando seu talento grandioso no cenário musical. Em pouco tempo lançou seu primeiro álbum, o “Trusly Yours” (2013). Criado em cima de um público adolescente, por conta da sua atuação na TV, os agentes e a própria cantora construíram “Trusly Yours” com músicas mais adolescentes, românticas, com o sonho do príncipe encantado e batidas mais animadas, com o intuito de levar o público da TV para sua carreira na música – o que deu muito certo!
No segundo álbum, “My everything” (2014), a cantora demonstrou uma evolução em relação ao seu alcance de público. Em uma pegada mais “saindo” da adolescência e “entrando” na juventude, o álbum fala sobre os erros amorosos, chances aos novos amores, liberdade e paixões momentâneas.
Capa do álbum 'Dangerous Woman' | Reprodução/Internet |
Entre 2017 e 2018, Ariana Grande havia ficado noiva do ator e comediante mediano, Pete Davidson. Ela estava totalmente apaixonada, sempre postando fotos nas redes sociais e declarando seu amor pelo rapaz. Mas tempos depois do lançamento do quarto álbum dela, eles terminaram o relacionamento e ela sumiu das redes.
Em janeiro do ano seguinte, tivemos a volta da cantora com a promoção do álbum “Thank u, next” (2019), mostrando a cantora poderosa, exalando dinheiro, que ela precisava de espaço e que estava assumindo seus próprios sentimentos de carência. Especialmente no single promocional desse álbum, a cantora também escolheu a música que dizia o nome de todos (TODOS!) – os ex-namorados dela, que era grata por eles terem passado pela vida dela, mas que, desta vez, ela iria se escolher em primeiro lugar.
Desde o início da sua carreira, Ariana já havia ganhado várias premiações como VMA, AMA, BILLBOARD MUSIC AWARDS, TEEN CHOICE AWARDS e o Grammy, por melhor álbum vocal com “Sweetener”. Após especulações, vazamento de informações por insiders, paparazzi fotografando-a entrando no estúdio, ela quebra o silêncio e posta um tweet dizendo: “Eu não vejo a hora de vocês verem meu novo álbum este mês”.
Ariana Grande no clipe do single 'positions' | Reprodução/Internet |
Ouvindo o álbum é perceptível que o alcance vocal dela aumentou e que a imagem de mulher empoderada, adulta e totalmente independente é a nova face da cantora. A produção tem músicas “explícitas”, demonstrando que a cantora cresceu e já não é mais a mesma de “Trusly Yours” e muito menos de “Sweetener”.
E o mais legal de tudo isso é que Ariana conseguiu construir sua carreira pessoal e profissional de forma simultânea, ao longo dos anos. Ela não se forçou a crescer como muitos cantores fizeram. Como Miley Cyrus que está se reconstruindo agora, após muitos anos produzindo o que não era ela de fato, mas o que os produtores queriam dela. Poucos críticos levaram em consideração essa trajetória da cantora, fazendo essa construção temporal. “Positions” é sobre isso, uma construção.
Empoderamento marca essa nova fase da cantora | Reprodução/Internet |
O álbum está muito bom e se você ouviu críticas ruins, desde o dia do lançamento, sobre a nova produção da cantora acho que vale a pena dar aquela chance. E se você não ouviu (o que eu acho bem difícil, risos), não crie muitas expectativas e vá com calma, saboreie cada música, leia as letras e divirta-se.
É óbvio que não sou nenhum crítico renomado da indústria musical e muito menos tenho formação suficiente para isso, mas por tudo que li desde o lançamento de “Positions”, descobri que o álbum tem muito mais a dizer sobre Ariana Grande do que os juízes do Twitter e internet a fora. Os críticos do mundo esperavam mais uma “Dua Lipa” ou um “Dangerous Woman 2.0” com hits dançantes e “lacradores” do que Ariana Grande sendo Ariana Grande.
Até a próxima!
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