Mais um Natal em New York


Segundo a tradição, é neste final de semana a data para começar os preparativos para uma das festas mais esperadas do ano, o Natal. Mas, para além de decorações vermelhas e guloseimas açucaradas, o lançamento dos filmes sazonais tornou-se um evento aguardado mundialmente. E, este ano, a ascendente distribuidora Netflix apostou em algo mais ousado que absorveu o maior destaque dessa estação: Dash & Lily, não um filme, mas uma série de Natal.
Romances adolescentes e o primeiro beijo: seria ele realmente o mais memorável?
Sempre de tom leve e romântico, produções natalinas aquecem o coração como um chocolate quente e fazem com que, até o público brasileiro, sinta-se em um dezembro nevado. Mas precisamos admitir que o gênero já se satura há anos e parece que poucas produções despontam como algo que ainda não tínhamos visto. Dash & Lily segue os mesmos moldes padrão, mas foram suas sacadas inteligentes que fizeram com que o enredo fugisse da maioria das cenas clichê e instantaneamente criasse uma base de fãs. O crédito para tanto deve ser dado a David Levithan e Rachel Cohn, autores do livro O caderninho de Desafios de Dash & Lily, que deu origem à série. 

A livraria é onde tudo começa. É aqui que o ranzinza
Dash cumpre os primeiros desafios do caderno

A premissa de "os opostos se atraem" é o ponto de partida para esse romance adolescente. Dash é um garoto reservado e rabugento, enquanto Lily gostaria de pintar todas as ruas de arco-íris. Mas essa história se difere das outras, pois em boa parte dela os protagonistas não se conhecem pessoalmente, apenas por meio de palavras.

O ponto alto do enredo é justamente seu meio de comunicação: um pequeno caderno vermelho cheio de desafios a serem cumpridos pelo casal. O jogo funciona como um Verdade ou Consequência à distância, em que, para conseguir mais uma informação sobre o outro, é preciso cumprir uma tarefa proposta por ele. Sendo ela completa, o caderno é deixado em algum lugar onde o outro o encontrará para cumprir mais um desafio, e assim por diante. É essa dinâmica incomum de acompanhar cada uma das personagens separadamente que incita o suspense e emoção ao longo da trama. 
Lily sempre tem um modelito extravagante de gosto duvidoso para ocasiões especiais, mas preciso confessar que eu simplesmente necessito de uma meia-calça de strass igual a dela
Como toda boa comédia romântica, ao passo que os protagonistas conhecem mais sobre seu amado, também descobrem mais coisas sobre si. Ao final dos oito episódios, percebemos que Lily e Dash não são tão diferentes assim, compartilham amor por livros, por comida e certa solidão. 

Uma marca dos trabalhos de Levithan é certamente a construção de personagens secundários, que conquistam cada um com seu carisma. Além disso, o elenco é sempre mais diverso em questão de representatividade - o que ocorre de forma natural. Isso já pode ter sido observado na adaptação cinematográfica de seu livro Todo Dia. 
Benny e Langston são minha dupla favorita dessa história. Espero que em uma
possível segunda temporada o casal receba mais foco na narrativa

A presença e personagens de diferentes etnias, religiões e orientações sexuais nunca se torna um problema ou forçação de barra. Porque não podem haver casais inter-raciais? Ou rodas de amigos compostas por garotos gays e Drag Queens? E qual o problema de um filme de Natal apresentar uma festa de Hanukkah (Punk, ainda por cima!) Na verdade, esses aspectos são apenas parte da rica personalidade de cada uma das personagens. 

Ora sendo envolvida pelas figuras em cena, ora se irritando com atitudes das mesmas, essa série que mais tem tamanho de filme é uma boa pedida para entrar no clima natalino com sua família e amigos. E, para aqueles que já assistiram mas já estão com saudades do casal, mantenham a esperança! Levithan e Cohn já tem sequência publicada para o livro, basta que a Netflix renove a série para mais uma temporada. E há boatos ainda que os autores já trabalham em uma obra que complete a trilogia. Quer saber mais sobre essa produção e seu elenco? Então assista o mais novo episódio do Se7eCast!


*Todas as imagens são reprodução da Internet

#PraCegoVer 

Imagem 1: Close da cena do beijo entre Lily e Dash. Os atores Midori Francis e Austin Abrams se beijam de olhos fechados, as mãos dela envoltas no pescoço dele. Midori é uma garota asiática de cabelos pretos curtos, que estão presos à lateral da cabeça com três grampos. Ela veste um suéter preto com flores coloridas e tem as unhas pintadas em cor de vinho. Dash é um menino branco de cabelos loiros que cobrem as orelhas. Ele veste um suéter preto. No fundo desfocado é possível reconhecer estantes de livro e luzes pisca-pisca. 

Imagem 2: Cena de Dash encontrando o caderno pela primeira vez. O jovem está em pé, segurando um caderno vermelho de brochura em ambas as mão, observando-o seriamente. Ele veste um suéter branco e casaco preto. No fundo desfocado é possível reconhecer estantes de livro e luzes pisca-pisca. 

Imagem 3: Cena de Lily dançando em uma festa. A garota está em pé no centro de uma roda de pessoas, gargalhando. Ela veste um vestido melindrosa em azul royal, galochas vermelhas, meia-calça arrastão com strass, uma coroa prateada e azul, diversos grampos azuis no cabelo, brincos em forma de raio e uma pulseira de macramê no braço esquerdo. O ambiente é escuro, azul esverdeado, e as pessoas em volta se vestem casualmente, sorriem e aplaudem observando Lily. 

Imagem 4: Cena de Benny e Langston conversando com Lily. Os atores Diego Guevara e Troy Iwata sentam-se em uma cama, abraçados, e falam em direção a Midori Francis, da qual só se pode ver a parte de trás de sua cabeça. Ambos os homens sorriem. Diego tem pele clara, cabelos ondulados pretos e barba curta. Veste um suéter preto e vinho, brincos e correntes prateadas no pescoço. Troy é um homem de traços asiáticos e cabelo preto liso. Veste um suéter cinza de gola alta. O cenário é um quarto com papel de parede cor-de-rosa florido, com cortinas brancas em uma janela e diversas almofadas de retalhos.

Até a próxima!

0 comentários