O meio ambiente no centro de tudo


Como muitos de nós acompanharam, a corrida eleitoral dos Estados Unidos conquistou todos os holofotes nos últimos dias. E não é pra menos, já que se trata da escolha de quem comandará a maior potência do globo pelos próximos anos. Muitos voltaram sua atenção à complexidade com que a eleição é feita por lá - inclusive, se quer entender melhor, aqui tem um vídeo da BBC explicando, com menos de três minutos de duração - outras, porém, dedicaram tempo a, digamos, conhecer melhor o democrata Joe Biden, que derrotou Donald Trump e se consagrou como o 46º presidente eleito dos Estados Unidos, o mais votado de toda a história do país.

Figura familiar no meio político americano, Biden coleciona 36 anos de Senado e mais oito como vice-presidente de Barack Obama na Casa Branca. Embasou o discurso de sua campanha com uma - até então, potencial - administração progressista e deu cara e voz a propostas bastante relevantes, relacionadas ao enfrentamento à pandemia, geração de emprego em alta escala e redução de custo da saúde à população. 

Como grande parceiro comercial do Brasil, os impactos vindos lá dos EUA são inevitáveis por aqui. E com uma mudança tão significativa de direção e comando, não seria diferente. Os possíveis e prováveis efeitos desta posse já começaram a ser desenhados por analistas e uma pauta, em especial, ganhou um destaque ímpar na mídia e será aqui, o nosso norte de discussão: o controle ambiental. 

Ao apostar em um plano ambiental totalmente ambicioso, o de investir cerca de US$ 2 trilhões em energias limpas e criação de dez milhões de empregos verdes, acabar com os subsídios aos combustíveis fósseis e proibir as novas licenças para extração de petróleo e gás em terras públicas, Biden levanta uma importantíssima bandeira. E importantíssima para todo o mundo. 

A natureza é uma pauta que permeia absolutamente tudo. Sem surpresa alguma, os negócios, especialmente. 

A primeira vez que ouvi falar de Murilo Gun foi no início da pandemia. Fez carreira no stand-up, é fundador da Keep Learning School e professor de Criatividade. Murilo tem estado nos principais eventos de conteúdo para palestrar sobre inovação, criatividade, negócios, educação, empreendedorismo e aprendizagem, e eu diria que ele tem muito a contribuir com quem o escuta. 

A afinidade de Biden com a proteção ao meio ambiente e o argumento proposto pelo professor, em uma recente entrevista à CBN de que “na nova economia, a natureza tem que estar no centro” são os dois gatilhos que me fizeram pensar sobre a urgência das empresas em se sintonizarem com a causa. 

Murilo, em seu instagram, afirma que “colocar o cliente no centro é essencial para os negócios mas não é suficiente para manter a vida no planeta. E sem vida não tem negócios.” 

Há quem discorde disso? 

A pandemia e os seus impactos na mudança de comportamento certamente abriram caminhos para novos modelos de economia que, possivelmente, tirarão o foco 100% do $ e colocarão outras prioridades lado a lado. Mas com relação aos inúmeros eventos climáticos assustadores que temos visto nos últimos meses, não sei se podemos ter tanta certeza de que influenciarão esses novos modelos e abrirão um espacinho para colocar o meio ambiente onde ele tem que estar: no centro do mundo e de tudo. 

As empresas precisam ser estruturadas sob uma base que integra o cuidado à natureza em todos os seus eixos. O porquê disso, que nem precisaria ser dito, é simples: é dela que tudo vem. 

Se Biden realmente puder efetivar as suas propostas, teremos um baita exemplo do que fazer e mais do que isso, se tratando dos Estados Unidos, por questões de relacionamento, teremos que fazer um esforço para ser melhores neste quesito. E que bom, né? 

Para finalizar, extraio aqui um trecho de um de seus vídeos no Youtube: 

“Tudo veio da biomimética, de imitar a natureza, e agora, nesse momento em que o mundo percebeu que não dá pra ser linear - extrai, processa, produz e descarta - porque não dá pra descartar, não dá pra jogar fora! Onde é o fora?” 

Sabemos que a diferença vem das ações e dos hábito individuais de cada um e como nunca é demasiado lembrar: bora fazer a nossa parte?

Até a próxima!

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